Mais um ano eleitoral se
aproxima, mais uma aberração teremos que ouvir e assistir.
No palanque todo mundo é muito
preocupado com os problemas sociais, com o desemprego da juventude, a saúde da
população, a educação das crianças, dos adolescentes e dos jovens. As promessas
são muito bonitas, as ruas da cidade são planejadas calçamentos, saneamento
básico, hospitais bem equipados, escolas públicas reformadas, funcionários
públicos bem remunerados. Essas são algumas das milhares de promessas feitas a
população num ano eleitoral.
Sem contar que durante os comícios
são soltados milhares de fogos, comprados com o dinheiro público, fazendo um barulho insuportável, tudo isso acompanhando
as promessas que são feitas aos eleitores.
O povo é muito querido, são
abraços, acenos, apertos de mão, ofertas de almoços, conjuntos nas ruas, a
velha política do PÃO E CIRCO.
Passando a eleição, os
vitoriosos esperam ansiosos o dia da posse, e ao assumirem seus cargos, vem a
grande preocupação o grande sacrifício! Todos passam quase um ano arrumando a
casa desarrumada que que seu antecessor deixou. Nessa arrumação todas as
promessas são esquecidas.
Durante os demais anos são
feitas alguns reparos, em prédios públicos. Ou calçada algumas ruas, construído
algumas casas com verbas federais. Mas, vejam o que acontece. A cada
inauguração a despesa gasta na festa de inauguração,
é maior do que o que foi gasto na obra. Sem contar que algumas, mesmo
terminadas, ficam aguardando um novo período eleitoral para poder ser entregue,
isso é a lógica, para render voto a candidato A ou candidato B precisa provar a
população que trabalhou, como se esse dinheiro tivesse saído do seu bolso.
O povo esquece tudo que
sofreu, toda humilhação, e novamente se entregam a folia das cores partidárias
e saem no pula –pula ou varrem –varrem vassourinha. Enquanto isso a cidade, o
estado e o país continuam com uma total desigualdade social. Os poderosos cada
vez mais elaborando leis que os beneficie e os trabalhadores na miséria. A
corrupção aumentando, o pobre morrendo nas filas dos hospitais e as crianças
estudando em escolas caindo os pedaços. Sem contar que os professores precisam
se humilhar nas ruas para exigir um direito que já foi aprovado. Um direito que
é lei, mas mesmo assim a lei não é cumprida. Lembrando que o gestor público que
a descumpre é aquele mesmo que prometeu no palanque PRIORIDADE NA EDUCAÇÃO.
Quanta contradição!
Essa é a realidade que vemos,
assistimos e não podemos fazer nada. Pois boa parte desse povo que enfrenta
tudo isso, são os mesmos que trocam seus votos por cal, cimento, chapa,
carteiras de motorista, carteira de identidade e assim por diante.
A população merece a classe
política que tem.
Ou o povo reflete e muda essa
situação, ou seremos eternos escravos da
miséria.